Quando falamos em Propaganda, Comunicação ou Marketing, sempre nos vem à cabeça o conceito da "Cauda Longa" que no começo desta década ganhou muita repercussão após o lançamento do livro A Cauda Longa escrito por Chris "Long Tail" Anderson, que foi tema de um artigo excelente na Wired e aqui no Brasil foi brilhantemente comentado pelo Fugita no Techbits e pelo Merigo no Brainstorm #9. Mas os estudiosos do marketing já não tinham mais o que falar a respeito do fenômeno e começaram a ficar repetitivos, sempre divullgando revisões e mais revisões em cima do mesmo tema, inclusive fazendo referência ao artigo original da Wired, lá de Outubro de 2004.
Mas agora Anderson volta a inovar discutindo uma nova vertente desta era: o mundo do "grátis". E o que ele fala tem muito a ver com o que eu penso em relação ao futuro das produções e do mundo virtual. Desta vez, é algo que vale à pena mandar emails empolgados para seus colegas de trabalho dizendo: "Veja isso, que interessante!"
Se você não tem tempo de ficar 46 minutos assistindo ao vídeo da palestra dele ou não entende muito bem o inglês, eu vou dar uma ajudinha e ressaltar alguns pontos interessantes na minha opinião. Lá pelos 15 minutos ele começa a falar de produções em 3D, de que a "complexidade" das formas é gratuita (Arquitetos, Engenheiros e Designers sabem do que se trata). Ele ainda diz que as pessoas demonstrarão suas habilidades não somente por dinheiro, mas também por atenção, reputação, por sua expressão (30:00). As novas escassezes do mercado são tempo, dinheiro, atenção e reputação (30:32).
Pensando no que ele diz, podemos nos remeter à indústria fonográfica que visivelmente sofre o conflito da tentativa de barrar que o conteúdo seja difundido gratuitamente. Mas se o conteúdo é propriedade intelectual de alguém, como fazer para ganhar dinheiro com ele sem que as pessoas efetivamente o comprem? A resposta está na Internet e nos milhares de sites que ganham dinheiro com publicidade relacionada a música gratuita. Na China, a procura por toques de celular e o uso da busca por músicas no Baidu, site de buscas mais popular por lá (até agora), gera mais de dois bilhões de dólares por ano em lucros.
É claro que nem todos ganham com isso, ainda. Basta aos produtores e donos de gravadoras atentarem à nova realidade e adaptarem-se a esta nova maneira de ganhar dinheiro com o conteúdo autoral. Só que desta vez, indiretamente. Dessa forma, passamos a um contexto em que a distribuição de conteúdo entre usuários da Internet (o que os não-visionários chamam pirataria) deixa de ser encarada como apenas mais um mal e passa a ser vista como um canal de negócios.
Resumindo: o conceito da Cauda Longa ainda existe e é válido, mas como o próprio Chris Anderson diz, o importante é ficar atento às novas tendências e descobrir a melhor maneira de tirar proveito delas. Eu mencionei o mercado fonográfico, mas também estão incluídos neste contexto, as editoras, as produtoras de cinema e outros negócios. O mundo vive uma fase em que não há mais como impor barreiras ao tráfego de conteúdo. Portanto, o melhor a fazer é se aproveitar desta característica e ganhar com ela ou parar no tempo e perder mercado.
Mas agora Anderson volta a inovar discutindo uma nova vertente desta era: o mundo do "grátis". E o que ele fala tem muito a ver com o que eu penso em relação ao futuro das produções e do mundo virtual. Desta vez, é algo que vale à pena mandar emails empolgados para seus colegas de trabalho dizendo: "Veja isso, que interessante!"
Se você não tem tempo de ficar 46 minutos assistindo ao vídeo da palestra dele ou não entende muito bem o inglês, eu vou dar uma ajudinha e ressaltar alguns pontos interessantes na minha opinião. Lá pelos 15 minutos ele começa a falar de produções em 3D, de que a "complexidade" das formas é gratuita (Arquitetos, Engenheiros e Designers sabem do que se trata). Ele ainda diz que as pessoas demonstrarão suas habilidades não somente por dinheiro, mas também por atenção, reputação, por sua expressão (30:00). As novas escassezes do mercado são tempo, dinheiro, atenção e reputação (30:32).
Pensando no que ele diz, podemos nos remeter à indústria fonográfica que visivelmente sofre o conflito da tentativa de barrar que o conteúdo seja difundido gratuitamente. Mas se o conteúdo é propriedade intelectual de alguém, como fazer para ganhar dinheiro com ele sem que as pessoas efetivamente o comprem? A resposta está na Internet e nos milhares de sites que ganham dinheiro com publicidade relacionada a música gratuita. Na China, a procura por toques de celular e o uso da busca por músicas no Baidu, site de buscas mais popular por lá (até agora), gera mais de dois bilhões de dólares por ano em lucros.
É claro que nem todos ganham com isso, ainda. Basta aos produtores e donos de gravadoras atentarem à nova realidade e adaptarem-se a esta nova maneira de ganhar dinheiro com o conteúdo autoral. Só que desta vez, indiretamente. Dessa forma, passamos a um contexto em que a distribuição de conteúdo entre usuários da Internet (o que os não-visionários chamam pirataria) deixa de ser encarada como apenas mais um mal e passa a ser vista como um canal de negócios.
Resumindo: o conceito da Cauda Longa ainda existe e é válido, mas como o próprio Chris Anderson diz, o importante é ficar atento às novas tendências e descobrir a melhor maneira de tirar proveito delas. Eu mencionei o mercado fonográfico, mas também estão incluídos neste contexto, as editoras, as produtoras de cinema e outros negócios. O mundo vive uma fase em que não há mais como impor barreiras ao tráfego de conteúdo. Portanto, o melhor a fazer é se aproveitar desta característica e ganhar com ela ou parar no tempo e perder mercado.
É bem verdade, arranjar músicas, filmes e programas está a tornar-se cada vez mais fácil nos nossos dias.
E as editoras nada podem contra isso, concordo consigo quando diz que elas têm de arranjar uma forma de ganhar com este novo rumo que o mercado está a tomar.
Trata-se tudo de imaginação e de inovação.