De acordo com a pesquisa, 73% dos cidadãos dos Estados Unidos nunca sequer ouviram falar em coisas como Google Apps ou Zoho. Olhando pelo lado otimista, isso significa que mais de um quarto dos usuários da Internet naquele país conhecem essas aplicações, o que me leva a detectar grandes e rentáveis possibilidades neste mercado ainda em desenvolvimento. O estudo ainda diz, que 4,5% dos usuários aliam suas atividades offline com aplicações online, o que em um mercado como aquele, não é de se jogar fora!
Talvez fosse até mais interessante demonstrar o crescimento deste mercado em um ano, eu diria. Certamente, os números seriam bem mais otimistas.
Eu não sei quais são os interesses do Wilcox com este tipo de afirmação, mas eu penso que não é hota para por um ponto final nas coisas. Estamos passando por uma fase de transição ou uma fase "híbrida", para melhor dizer. As pessoas ainda estão se acostumando ao fato de usar aplicações online e ainda se sentem receosas em migrar tudo o que produzem para servidores sabe-se lá onde! Como tudo nessa área evolui muito rapidamente e torna-se cada vez mais confiável, não vai demorar muito o dia em que você não vai mais ter um Word ou Excel instalado em seu HD e vai usar tudo online.
Isso significa que a Microsoft ainda tem a excelente oportunidade de manter sua hegemonia com o Office durante esse "hibridismo" se mantiver sua estratégia de "Softwares mais serviços". Apesar disso, eles não podem ser complacentes e devem estar cientes que com os rumos da nova economia, manter a liderança do mercado não necessariamente significa manter a mesma rentabilidade. A maior ameaça das aplicações online é colocar em xeque a política de preços da gigante da informática. Esta é uma tendência muito analisada pelos mercadólogos de hoje.
No mundo corporativo, a compra de licenças de software representa um custo enorme às empresas, portanto, o que a Microsoft enfrentará em um futuro próximo é uma grande ameaça. Se você usa o Office como parte de seu trabalho, talvez nem se sinta motivado a procurar o Google Apps, Zoho ou Buzzword. Talvez, esses sites sejam até mesmo bloqueados em sua empresa. Estamos falando em milhões de dólares investidos, então os empresários querem o retorno. Por outro lado, é uma excelente alternativa para cortar gastos quando os programas atualmente em uso ficarem datados.
Damon Darlin, um editor de tecnologia do New York Times, escreveu recentemente sobre sua decisão de usar o Google Apps quando se deparou com o custo de US$150,00 (ah, se fossem só R$150,00) da licença para o Office. E ainda disse que estava melhor online do que offiline com a Microsoft. Ainda brincou:
Vivi um mês sem o Word. E isso me libertou.
Assim que as pessoas se acostumarem a usar as aplicações online em casa ou no trabalho, podem facilmente pensar que comprar um programa caro, levar para casa, instalar na máquina, ter que instalar atualizações e correções frequentemente é ridículamente antiquado. Essa é a idéia que mais deve afligir os analistas de mercado da Microsoft e é exatamente o que já está começando a acontecer, ainda que os números ainda não sejam tão expressivos.
No artigo do Wilcox ainda há uma interessante sugestão feita por um analista do NPD: para acelerar a adoção de aplicações online, empresas como Google, Zoho e Adobe poderiam criar versões para vender pelos meios tradicionais, do jeito que a Apple faz com seu .Mac. Seria como vender ar encaixotado, mas não deixa de ser uma idéia!
Excelente artigo!
Julgo que não serão apenas as ferramentas do Office (e convorrência) que deixarão de ser utilizadas em modo offline.
A edição de imagem, por exemplo, ou os generators que se tornam cada vez mais úteis.
Para mim é apenas informação.Estou entre os que não estão nem aí!
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