Uma das primeiras coisas que um publicitário aprende é a falar bem de si mesmo (ou de suas produções, se preferirem). Mas será que ele sabe se vender (não, não é como a Bebel!) propriamente? Na Internet há muitas formas de fazer isso e com o crescimento das redes sociais as maneiras de mostrar o que se sabe são cada vez mais amplas.

É como dizem

Não é só o que você conhece, mas QUEM você conhece!

E é verdade! O fator QI (quem indica) é determinante. E na era do networking, quem não se adaptar fica de fora e perde muitas oportunidades.

Fundado como uma rede social para universitários, o Facebook hoje é aberto a todos e já atingiu a casa dos 46 milhões de membros e é o que eu vou usar como exemplo para mostrar como fazer para melhorar a sua visibilidade e aumentar as suas chances de espalhar por aí as coisas que você produz.

Para fazer marketing pessoal, você precisa ter paciência e investir um pouquinho de tempo. Mas, se você seguir o que eu quase não faço no meu perfil, mas vou escrever aqui, você vai fazer sua rede crescer muito e aumentar sua credibilidade no mercado.

As primeiras coisas primeiro. Coloque o maior número de informações possível. É mais fácil constituir relacionamentos quando as pessoas podem saber quem você é sem ter que perguntar demais. Você pode até incluir umas brincadeirinhas, desde que sejam autênticas e descrevam sua personalidade. Isso pode até ajudar a criar afinidades com as outras pessoas. Mas cuidado para não escrever nada que possa queimar seu filme. Na dúvida, converse com algum amigo.

Seja específico. Se você diz apenas: "Quero trabalhar", as pessoas vão ter uma certa dificuldade para saber o que você realmente quer. E headhunters são preguiçosos por natureza. Eles querem tudo o mais mastigadinho possível. Então diga: "Quero trabalhar como auxiliar de pare-e-siga na construção da estrada vicinal entre Dores e Tocos!" Facilite as coisas e elas ficarão melhores para você também.

Na hora de definir o seu perfil, você é apresentado a pessoas que combinam com você, seja no lugar onde moram, onde trabalham ou estudam. Quer conhecer pessoas que trabalham na Nokia? Diga ao Facebook que você trabalha lá, ou mora na Finlândia e ele o colocará na mesma rede que eles. Se você quer estar em contato com o pessoal da Microsoft, coloque que mora em Redmond, e por aí vai. O Facebook não é como o Orkut, onde os gafanhotos simplesmente querem "mostrar quem manda" via quantidade de usuários de tal lugar. Você pode mudar sua região como melhor lhe servir!

Para quê entrar em um grupo? Simples. Para começar a se relacionar com as pessoas que vão fazer a diferença para você. Há milhares deles em duas categorias: Global e Rede (Network). Todos os membros podem entrar nas redes globais e somente membros de uma determinada rede podem entrar nos grupos relacionados a ela. A rede a qual você participa determina os grupos que você pode entrar, então certifique-se de que seu perfil se encaixa nos mesmos grupos nos quais está o seu público-alvo. Tem muita coisa para explorar. Cada um pode entrar em até 200 grupos.

Ah, e só para lembrar: os grupos não são como as comunidades do Orkut, onde você entra só para que o nome delas sirvam como auxiliar para definir sua personalidade. Ou seja, a pessoa entra pelo nome e não para participar, efetivamente.

Seu perfil já está no jeito? Ótimo! Então ponha um pouco de credibilidade nele. Adicione conteúdo a ele. Tudo o que pode te trazer autoridade é válido. Links, links e mais links! Relacione o que você já escreveu, seu blog, quem te cita, o blog da sua empresa, seus favoritos, seus amigos do mercado, seu portfólio, tudo. Mas não se esqueça do que eu disse antes: não coloque nada que possa queimar seu filme! Aquele blog-diário que você escreve, pode deixar de fora!

Fazendo um grupo, você tem controle sobre seu conteúdo e seu target. E isso se for bem aproveitado é um prato cheio para quem quer ter mais informações sobre as pessoas com quem deseja se comunicar. Convide todas as pessoas que você considera relevantes e estenda o convite às pessoas do círculo de contatos deles.

Essa é uma regra de ouro! É como nos blogs: você ganha notoriedade se der notoriedade e participar. A socialização é a chave. Compre presentes virtuais, entre em jogos, inicie uma discussão nos grupos em que participa, comente os perfis e escreva para os outros. Você tem que se fazer lembrar. É por isso que as pessoas entram nas redes sociais. Mas veja bem: eu disse LEMBRAR e não importunar! Saiba dosar seu ímpeto de comunicação para não se tornar uma persona non grata até no mundo virtual.

Depois de quebrar o gelo, comece a tentar conhecer seus contatos pessoalmente. Telefone, marque um encontro ou uma festa. Mas não se esqueça que você quer divulgar seu talento justamente para trabalhar com as pessoas com quem você se relaciona na Internet. E você vai fazer isso em um ambiente real. O intuito é esse!

Ser paciente e consistente é a melhor estratégia de todas nesse marketing virtual. Se você leva a sério o relacionamento com seus contatos e suas redes, mais você vai se especializar em como as coisas funcionam e melhor vai se sair na tarefa de conseguir o que quer. O tempo gasto no Facebook acaba se tornando um investimento. Você não verá muitos resultados logo no início, mas a longo prazo, os resultados começarão a aparecer!

Eu falei sobre o Facebook, mas isso pode se aplicar a qualquer rede social que agregue algum valor a seus usuários. O LinkedIn e o Via6 são dois bons exemplos de redes que concentram profissionais altamente capacitados em suas especialidades e podem ajudar muita gente a se colocar no mercado. Só basta aos usuários saber como se portar nesses ambientes, que por incrível que pareça, também têm códigos de conduta.

E então? Você já incrementou seu perfil hoje?