Eu li um artigo muito interessante no Business Pundit e gostaria de compartilhar e fazer algumas adaptações.

Existe um evento histórico ocorrido durante a 2ª Guerra Mundial que se tornou um recurso didático tanto na estatíscica, quanto na economia modernas que diz:

Durante a segunda grande guerra, o estatístico Abraham Wald tentava determinar onde reforçar a blindagem das aeronaves. Baseado nos padrões dos buracos de bala encontrados nos aviões que pousavam, ele sugeriu reforçar as partes que não eram atingidas. Por quê?

O autor do artigo, assim como eu, ficou intrigado com a pergunta, já que sempre foi muito bom em resolver problemas como este. A solução para isto está em enxergar a "evidência morta", o que está implícito, está em olhar o problema de "fora da caixa". Qual é a lógica na decisão do cientista?

O que ele fez foi raciocinar que se os aviões retornavam, mesmo sendo atingidos daquela maneira ainda podiam voar. Então, o certo seria reforçar os aviões onde eles não eram atingidos.

A maioria das pessoas teria a tendência natural de blindar os locais mais atingidos. Mesmo que a atitude correta pareça óbvia, ela é contra-intuitiva e por isso é chamada de "evidência morta". Ela é justamente o que as pessoas ignoram ao tomar decisões e muitas vezes, pode ser a fronteira entre o sucesso ou o fracasso de um plano de negócio, campanha ou estratégia de comunicação. Às vezes, uma campanha mal-sucedida pode ter todas as características de uma campanha vencedora, mas se não prestarmos atenção nos detalhes, nos meandros, nunca saberemos. Campanhas perdedoras não param na Archive.

Já que eu mencionei comunicação, como poderemos usar a habilidade de enxergar de "fora da caixa" em nosso negócio? Analisando os concorrentes. Consumindo muita propaganda. Devemos considerar também aquela peça que nem passou do atendimento, ver o que os outros estão fazendo e jogando no lixo, olhando para os perdedores da mesma forma que olhamos para os vencedores do Leão para saber se eles estão fazendo as mesmas coisas que os vencedores. Habitue-se a observar o que os grandes fazem, mas também considere os pequenos. Pode ser que haja mais bons exemplos nas falhas que nos acertos.