Em tempos de Web 2.0, inovar na estratégia de comunicação é fundamental para quem quer se sobressair diante da concorrência. No artigo que escrevi sobre esta era em que tudo tende a ser grátis ou de pagamento facultativo, dei exemplos bem convincentes sobre o assunto.
O mercado da música é certamente um dos mais afetados por esta nova ordem que se apresenta. Depois do lançamento mais do que divulgado de In Rainbows, da banda Radiohead, muito se discutiu a respeito da necessidade do artista em se manter sustentado pelo nome de uma gravadora, já que a divulgação pela Internet se provou mais do que eficiente quando o assunto é música.
Mesmo assim, Trent Raznor, do Nine Inch Nails, escreveu no site dele que está arrependido de ter disponibilizado o álbum The Inevitable Rise and Liberation of Niggy Tardust, de seu apadrinhado Saul Williams. No site, você pode baixar as músicas com qualidade média (192k) de graça ou pagar US$ 5 pela versão de qualidade superior. Trent atribuiu sua decepção ao fato de que um pouco menos de 20% das 154449 pessoas que baixaram o álbum pagaram pelas músicas.
Fazendo as contas temos 28322 x 5 = US$ 141610
Em um artigo da Wired, David Byrne fala sobre a publicação tradicional de CDs e diz que para um exemplar de US$ 16, o artista ganha 1,60. Raznor disse que o álbum anterior de Saul Williams, que foi publicado via gravadora em 2004, vendeu 33897 cópias, o que daria para ele aproximadamente 54235 dólares.
Resumindo, o cara está reclamando de barriga cheia. Dobrou o faturamento de seu protegido e ainda está achando ruim! Logo ele, que usou todo o potencial de viralização da Internet para promover o lançamento do álbum Y34RZ3R0. Isso prova mais uma vez que os novos modelos de comunicação em massa vieram para ficar e influenciar o comportamento tanto de quem produz, quanto de quem consome conteúdo cultural.
O mercado da música é certamente um dos mais afetados por esta nova ordem que se apresenta. Depois do lançamento mais do que divulgado de In Rainbows, da banda Radiohead, muito se discutiu a respeito da necessidade do artista em se manter sustentado pelo nome de uma gravadora, já que a divulgação pela Internet se provou mais do que eficiente quando o assunto é música.
Mesmo assim, Trent Raznor, do Nine Inch Nails, escreveu no site dele que está arrependido de ter disponibilizado o álbum The Inevitable Rise and Liberation of Niggy Tardust, de seu apadrinhado Saul Williams. No site, você pode baixar as músicas com qualidade média (192k) de graça ou pagar US$ 5 pela versão de qualidade superior. Trent atribuiu sua decepção ao fato de que um pouco menos de 20% das 154449 pessoas que baixaram o álbum pagaram pelas músicas.
Fazendo as contas temos 28322 x 5 = US$ 141610
Em um artigo da Wired, David Byrne fala sobre a publicação tradicional de CDs e diz que para um exemplar de US$ 16, o artista ganha 1,60. Raznor disse que o álbum anterior de Saul Williams, que foi publicado via gravadora em 2004, vendeu 33897 cópias, o que daria para ele aproximadamente 54235 dólares.
Resumindo, o cara está reclamando de barriga cheia. Dobrou o faturamento de seu protegido e ainda está achando ruim! Logo ele, que usou todo o potencial de viralização da Internet para promover o lançamento do álbum Y34RZ3R0. Isso prova mais uma vez que os novos modelos de comunicação em massa vieram para ficar e influenciar o comportamento tanto de quem produz, quanto de quem consome conteúdo cultural.
Belo post.
Fiquei decepcionada com o NIN por essa lógica. Não que eu gostasse antes, mas tinha achado legal a campanha que vc citou tb.
Admin = gisele do giseleh.com
:-)
Obrigado por estreiar por aqui Admin, quer dizer, Gisele!
Pra falar a verdade, a única música do NIN que eu gosto é "The Perfect Drug" e ela é dos remotos anos 90!
Seja bem-vinda!
Esta situação dos NIN só vem demonstrar que as mentalidades ainda não são tão liberais como se desejaria.
Conceitos como o "free culture", por exemplo, ainda não sao bem aceites, apesar de trazerem imensas vantagens...