Há um ano, eu vi uma previsão de que a publicidade online não demoraria muito a superar o rádio em lucratividade em pouco tempo. E hoje eu vi, sem nenhum espanto, que os ganhos da Internet vão fechar o ano em US$ 21,7 bilhões, contra US$ 20,4 bilhões do rádio nos Estados Unidos, segundo a revista eMarketer.

O crescimento da Internet já ultrapassou todas as outras mídias, com 28,6% só neste ano. O rádio, teve mísero um porcento de aumento em sua participação no mercado. E 40% do crescimento online vem dos mecanismos de busca.

Mas apesar da disparidade nos números, não podemos negar e nem nos esquecer que uma mídia complementa a outra. Não podemos ficar presos a uma só mídia e correr o risco de perder terreno em outros campos. Está mais do que provado que associação de mídias dá muito resultado. Campanhas de Internet com integração com o rádio têm recall cerca de 20% maior do que um anúncio simples na rede. Claro, não estamos conectados full time (ainda) e o rádio alcança o consumidor em qualquer lugar.

Neste ano, foi lançada uma pesquisa feita com aproximadamente duas mil pessoas acima de 12 anos que diz que a Internet é a principal mídia com 3% a menos que a TV (36%), mas muito à frente do rádio, com apenas 17% na opinião das pessoas. A mesma pesquisa foi feita cinco anos antes e na época, a TV tinha 39% da preferência, o rádio 26% e a Internet só aparecia com 20%.

O mercado publicitário online já está estabelecido e ainda tem muito potencial de crescimento, mas por ser uma mídia nova, e com pouca ou nenhuma regulamentação em alguns lugares, os problemas acontecem. Invasão de privacidade, desrespeito e bombardeio são algumas das queixas mais comuns. Por outro lado, por ser uma mídia nova é que proporciona tantas oportunidades que se forem bem exploradas renderão muitos ganhos.

E ainda tem gente que teima em fechar os olhos para essa realidade.

*Compilado de artigos da eMarketer, PricewaterhouseCoopers, Radio Advertising Effectiveness Lab e ZenithOptimedia.
Pesquisa via Edison Media Research.