
É certo que quase todas as produções da Rede Globo têm no merchandising uma grande fonte de recursos. De acordo com a Artplan, o custo aproximado de uma ação no horário nobre é de R$ 630000. E mesmo com valores elevados, o bombardeio poderia ser bem maior se qualquer marca fosse bem vinda, o que não é o caso.
Eduardo França, professor da ESPM, diz que o maior perigo desse tipo de propaganda é forçar uma cena ou diálogo para inserir o produto. " O correto seria fazê-lo seguindo o contexto, com naturalidade. É muito comum o anunciante querer interferir no roteiro, fazendo a ação ficar exagerada. Exemplo: uma personagem dizia que ia comprar um determinado xampú porque 'o que é bom, despenteia'. O slogan não caiu nas graças do povo, por isso foi tão forçado."
A negociação acontece assim: a agência passa o briefing para a emissora e esta planeja e apresenta para a agência um projeto que envolva o produto do cliente. Acontece que nem sempre isso fica coerente e o anunciante aceita até mesmo por falta de opções. Em outros países, a preocupação com o contexto em que o anúncio é apresentado é muito grande e como as ações envolvem valores milionários, os anunciantes tomam muito cuidado com o que é produzido. Não pode haver nenhum engano, por isso, os anúncios aparecem de forma mais natural. Isso ainda não acontece aqui porque o mercado de merchandising local é relativamente novo comparado com o dos Estados Unidos, por exemplo. Nem o nome da ação é usado corretamente no Brasil. O nome correto para este tipo de ação é tie-in ou script-in, ao invés de merchandising.
É inegável que o tie-in é eficaz quando é bem produzido e será ainda melhor quando a TV digital for implantada. Deverão aumentar consideravelmente as ações comerciais em programas, mas é bom que seja mantida a naturalidade, ou então vai parecer que estamos assistindo ao programa da Polishop o tempo todo!
com certeza. o mechan deve ser introduzido de forma que integre e que ele aparece naturalmente, sem impactar demais, pois invés de novelas teremos o globoshop - o seu shopping na teve heheh
Forte Abraço
Haendel Dantas
http://comunicadoresdeplantao.blogspot.com
Pois é, Matt.
No Brasil a coisa ainda é feita de forma um pouco amadora e acaba soando nada natural. Vamos ver se o progresso chega ao nosso país! Rsrs
Abs,
Luciana
Inclusive estão querendo acabar com esse tipo de merchandising. Li algo a respeito no blog do Reinaldo Azevedo.
Segue o link: http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2007/08/mais-tentaes-totalitrias.html
Diego, muito obrigado pela contribuição. Eu ainda não tinha lido esse artigo e ele não só completa o que eu escrevi, como também esclarece muitas coisas!
Basta ver a participação da FedEx em filmes e seriados. Sutil e eficaz.
Ótimo post Matheus!
Abraços!