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quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O marketing informatizado

Trevor Nielsen costumava passar muito tempo de seu dia indo de máquina em máquina no Hospital Pioneer (hospital estadunidense sem fins lucrativos) com uma planilha em Excel para rastrear o inventário de informática, ordens de serviço e outras terefas que povoam o dia de um engenheiro de sistemas de informação. Agora, ele faz tudo isso usando um programa que, segundo ele, só empresas grandes poderiam pagar. Entretanto, ele não pagou pelo programa - graças aos anúncios publicitários.

O programa é da Spiceworks, uma das lideranças no recente e promissor mercado de softwares patrocinados. A idéia é que os anunciantes parem de simplesmente interromper a audiência com mensagens e sim oferecer a eles algo realmente útil. Tão útil que chega a estimular a gratidão de usuários como o Nielsen: "Estamos muito felizes. Ele (o programa) faz coisas que não conseguiríamos sem."

O software patrocinado pode se tornar grande fonte de ganhos aos anunciantes, mas o debate é inevitável e parece que não terminará tão cedo. Entretanto, graças à atenção trazida ao tema por gigantes como Google e Microsoft, que oferecem email e calendários gratuitos (há versões pagas) e patrocinados no Apps e Office Live respectivamente. Mais recentemente a Adobe começou a oferecer versões básicas de seus produtos, online, com publicidade e a Microsoft já anunciou uma versão do Works nos mesmos moldes.

Pesquisas feitas por companhias que investem em software, como a Sand Hill Group, indicam que 33% de seus clientes consideram usar software patrocinado. "À medida em que o negócio da publicidadese torna mais sofisticado, simples anúncios clicáveis ou palavras-chave perdem interesse diante deste novo mercado", diz M. R. Rangaswami, CEO do Sand Hill Group. A Spiceworks, ele diz, é o melhor exemplo disso hoje em dia.

A empresa concentrou-se em um mercado específico: departamentos de TI em empresas pequenas e médias. Jay Hallberg, co-fundador da Spiceworks diz ter cem mil clientes em um mercado difícil de atingir. "É fácil para o marketing encontrar a Exxon ou o Citigroup", ele diz. Em pequenas e médias empresas "é muito mais complicado chegar".

Nielsen diz ter clicado nos anúncios do programa quando estes eram relevantes. Os anunciantes incluem HP, Dell, NetGear e Sony. Ele disse que o único inconveniente era um anúncio da McAfee que salientava a vulnerabilidade da rede do cliente mostrando mulheres em trajes sumários. Nada demais, ele disse, mas não aceitáveis "quando o chefe está olhando".

As possibilidades são virtualmente infinitas para este tipo de mídia, se é que podemos chamar assim, e as chances de sucesso são enormes. Há muito espaço neste mercado para quem tem idéias empreendedoras que sigam a regra básica de não importunar o usuário. Cabe aos profissionais ficar sempre muito bem atualizados e não fechar os olhos para esta nova realidade.

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Anônimo disse...

Palmas para Nielson, teve uma ideia genial!

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